Março de 1911

Este artigo é um capítulo de Editoriais do The Equinox

Uma coletânea com todos os editoriais dos onze primeiros números do periódico The Equinox.

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Leia em 4 min.
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Editorial,
The Equinox Vol. I N° 5,
Março de 1911 e.v.

O preço desta Revista agora é de seis xelins, e o tamanho foi reduzido. Se a edição inteira for vendida imediatamente, haverá uma quantia de dezoito pences restantes para pagar aqueles que labutaram dia e noite, por seis meses, para torná-la perfeita.

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Os leitores podem nos ajudar: primeiramente, comprando a Edição de Luxo; segundo, comprando cópias para seus amigos; terceiro, publicando anúncios conosco, ou induzindo outros a fazê-lo.

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Após o dia 21 de abril de 1911, as cópias do Número II do The Equinox, das quais poucas restam, serão vendidas por dez xelins ao invés dos cinco atuais.

Eu gostaria de chamar a atenção para a imensa quantidade de materiais importantes que aguardam publicação. Há o Sepher Sephiroth, mencionado nesta seção do Temple of Solomon the King; os escritos completos de Dr. Dee e Sir Edward Kelly; um tremendo volume sobre o Tarô; o Magic Unveiled de du Potet, traduzido por John Yarker, o venerável Grande Mestre Geral do rito A. e P. da Maçonaria; A Chave dos Grandes Mistérios, de Eliphas Levi, e muitos outros manuscritos importantes. Tudo isso custou uma incalculável quantia de trabalho de mim e meus colegas; mas as dificuldades de edição e publicação ainda nos confrontam.

Portanto, eu estou apelando ajudantes entre aqueles que estiverem interessados na declaração clara e erudita do que os famosos adeptos do passado pensaram e nos passaram, seja por palavras ou pela caneta.

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777 está quase esgotado. Restam menos de 100 cópias. Uma nova edição está sendo preparada, mas provavelmente não será lançada pelo menos nos próximos dois anos. Verb. sap[1].

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Fui solicitado pela Autoridade a dizer algumas palavras sobre as relações que devem subsistir entre um Neófito e seus Probacionistas. Embora o Neófito seja obrigado a demonstrar “zelo em serviço” a seus probacionistas, não é parte de seu dever soar o toque de recolher continuamente. Ele tem seu próprio trabalho para fazer — trabalho muito sério e importante — e não podemos esperar que ele gaste todo seu tempo fazendo bolsa de seda com orelha de porco. Não se espera que ele determine tarefas definitivas, e ele nem tem autoridade para fazer isso. O Probacionista é deixado sozinho de propósito, já que o objetivo da Probação é principalmente que aqueles em posição de autoridade possam descobrir a qualidade da matéria-prima. É dever do Probacionista realizar os exercícios recomendados em seus livros, e submeter um registro de seus resultados para crítica. Se ele se achar em uma dificuldade, ou se quaisquer resultados inesperados ocorrerem, ele deve se comunicar com seu Neófito, e ele deve se lembrar que embora ele possa escolher as práticas que mais o atraem, é esperado que ele demonstre familiaridade considerável com todas elas. Mais do que familiaridade, deveria ser experiência; doutra forma o que ele fará quando for um Neófito e for consultado por seus Probacionistas? É importante que ele esteja armado em todos os pontos, e eu estou autorizado a dizer que ninguém será admitido como um Neófito a menos que seu ano de trabalho dê evidências de considerável consecução nas práticas fundamentais, Asana, Pranayama, assunção de Formas-Deus, vibração de nomes divinos, rituais de banimento e invocação, e as práticas delineadas nas seções 5 e 6 de Liber O. Embora ele não seja examinado em nada disso, a experiência básica é necessária de modo que ele possa ajudar inteligentemente aqueles que estarão sob sua supervisão.

Mas que ninguém imagine que os que estão em posição de autoridade pressionarão os probacionistas para que trabalhem duro. Aqueles que são incapazes de trabalho duro podem de fato ser empurrados, mas no momento em que a pressão é removida, eles voltarão ao normal, e o propósito da A∴A∴ não é fazer nada senão tornar seus estudantes independentes e livres. Instruções completas foram postas ao alcance de todos; que eles se assegurem de que fazem uso completo de tais instruções.


[1] «Verbum sap, latim para “foi dito o suficiente”.»


Traduzido em janeiro de 2019 por Alan Willms.

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