(7).
O Altar representa a base sólida da obra, a Vontade[1] fixa do Magista; e a lei sob a qual ele trabalha. Dentro deste altar tudo é colocado, desde que tudo está sujeito à lei. Com exceção da Lâmpada.
De acordo com algumas autoridades, o Altar deve ser feito de carvalho para representar a teimosia e rigidez da lei; outros o fariam de acácia, pois a Acácia é o símbolo da ressurreição.
O Altar é um duplo cubo, o que é uma maneira mais ou menos grosseira de simbolizar a Grande Obra; pois dobrar o cubo, da mesma forma que a quadratura do círculo, era um dos grandes problemas da antiguidade. A superfície deste Altar é composta de dez quadrados. O topo é Kether, e o fundo Malkuth. A altura do Altar iguala a distância do solo ao umbigo do Magista. O Altar está relacionado com a Arca da Aliança, a Arca de Noé, a nave (navis, um barco) da Igreja, e muitos outros símbolos da antiguidade, cujo significado foi bem estudado em um livro anônimo chamado “The Canon”, que deveria ser cuidadosamente consultado antes de construirmos o Altar.
Pois este Altar deve incorporar o conhecimento que o Magista tem das leis da Natureza, que são as leis através das quais ele trabalha.
Ele deveria esforçar-se por fazer construções geométricas para simbolizar medidas cósmicas. Por exemplo, pode tomar as duas diagonais como se fossem (digamos) o diâmetro do sol. Então descobrirá que o lado do Altar deverá ter um comprimento igual a alguma outra medida cósmica, uma vesica desenhada sobre um lado terá outra, uma “cruz de crucifixo” dentro da vesica ainda outra. Cada Magista deve construir o seu próprio sistema de simbolismo - e não precisa limitar-se a medidas cósmicas. Poderia, por exemplo, encontrar alguma relação para expressar a lei do inverso dos quadrados.
O topo do Altar deve ser coberto com ouro, e sobre este ouro deveria ser gravada alguma figura tal qual a Oblação Santa, ou a Nova Jerusalém, ou, se ele tiver talento, o Microcosmo de Vitruvius, dos quais nós damos ilustrações.
Sobre os lados do Altar algumas vezes são também gravadas as grandes tábuas dos elementos, e os selos dos santos reis elementais, como é mostrado no Equinox I (7); pois estes são sínteses das forças da Natureza. No entanto, estes são antes símbolos particulares, e não gerais, e o propósito do presente livro é tratar dos grandes princípios gerais de trabalho.
Desenho adequado para o topo do Altar.
Ele representa a extensão da Vontade. A Vontade é a Díada (veja-se a seção sobre a Baqueta); 2 x 2 = 4. Portanto o altar é quadrangular, e também seus dez quadrados mostram o 4. 10 = 1 + 2 + 3 + 4. ↩︎
Traduzido por Marcelo Ramos Motta (Frater Ever). Revisado por Frater ΑΥΜΓΝ.