Algumas Perguntas e Respostas – 2

P: O que você recomendaria a partir de a) literatura e b) práticas, para dominar:

• a percepção astral (como desenvolver o “radares, sonares e telescópios astrais”);
• para dominar o Astral (corpo de luz) gradualmente;
• até que nível se espera que o Neófito domine o Astral?
• em quais obras, artigos, etc., de Crowley é descrito sobre o domínio do plano astral, sobre suas experiências e seus habitantes e o uso do Astral para o crescimento Espiritual?
• literatura científica (e métodos) sobre a exploração do Astral (o nome deles).

R: Eu não posso recomendar nada de especial, leia o que surgir. Eu acho que Liber O dá uma descrição bastante simples de como “entrar” no Astral. No entanto, os rituais assim chamados de “limpeza” e “banimento” devem ter lhe habilitado o suficiente para a apreensão do astral: os Pentagramas, os Arcanjos, etc. O importante é que o Pentagrama Menor de Banimento está (de certa forma) lhe conduzindo à LVX. Para a projeção, “invocações” são adequadas – invoque alguma “força”/”divindade”/”esfera” e, em seguida, projete-se "nisso". Para isso é conveniente visualizar o símbolo dessa força ou esfera sobre uma porta ou véu (astral), que então você abre astralmente. No início, é o suficiente ter visões/imagens astrais, a chamada “clarividência”, e não a projeção completa, mas a “limpeza” e a invocação regular e frequente irão ajudá-lo a desenvolver mais habilidade com isso.

Não se preocupe com possíveis “resultados” ou “propósito”, TRABALHE! Não espere muito e seja honesto consigo mesmo. Não espere que eu “mastigue pra você”.

P: Para o nível Neófito (com um breve relance sobre o Probacionista e o Estudante):

• Até que nível devem ser preparadas as armas mágicas?
• Quais armas (para este grau) são absolutamente necessárias de se ter?
• Quais práticas de Yoga devem ser especialmente realizadas (explique em ordem: asana, yama, niyama, pranayama...). É necessário se cortar para dominar Liber Jugorum? O que é a Besta do Inferno deste Liber e o que é Tipharet interna?
• O Neófito pode trabalhar com Enoquiano, e até que nível?

R: O estudante deve estudar e se familiarizar com todas as variedades de ensinamentos sobre este Planeta, filosofia, religião, etc., e demonstrar conhecimento básico sobre isso. Porém, ele já deve se direcionar aos materiais de caráter cabalístico e thelêmico. O Probacionista escreve o diário – regularmente; realiza as práticas – regularmente; estuda ainda mais – regularmente; se familiariza com as características do seu próprio Ser. O Neófito trabalha ou estuda o Pyramidos, os Quatro Poderes da Esfinge, Liber VII, etc.

1) Isso depende do esforço e das possibilidades. Mas uma faca cara não tem que ser melhor do que uma “comum” iluminada com o seu Poder. Um prato, pão e sal são como o Disco. Um copo de água é a Taça. O seu Phallus não é a sua Baqueta?

2) Se você não tem a Adaga – você não tem Mente e pensamentos. Se você não tem a Taça – como você sente? Se o seu Disco não é firme – no que a sua Vontade deve encontrar uma base? Como você irá Saber, Querer, Ousar e Calar-se? Para o Neófito é necessário fazer o Disco – ver Liber Armorum – ou seja, um desenho/esboço de um disco – que simboliza a sua compreensão do Universo. E eu recomendaria também uma tentativa de definir o Lámen, que representaria a compreensão de sua própria Verdadeira Vontade e da Grande Obra.

3) Escolha as suas próprias práticas. Não, não é necessário cortar sua mão, você pode se beliscar ou bater a cabeça. O importante é trabalhar de forma consistente e ser honesto consigo mesmo, e é claro, persistir heroicamente – juntamente com a mão beliscada ou a cabeça inchada.

A “Grande Besta do Inferno” é Cérbero – ele tem três cabeças, porque ele sempre aponta para “tudo que termina com tudo isso” – ele “faz” as relações – eu, mim, você, isso, aquilo... e isso aparece como o inferno da multidão – mas este é o meio pelo qual se chega ao Yod do Eremita. O Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião é Tipharet interior. Toda prática que você realiza consistentemente e corretamente pode te levar a ele – se você estiver em equilíbrio, ou seja, se o seu Reino estiver bem, a sua Fundação firme, e estiver com você o Esplendor e a Vitória sobre os Muitos.

4) Eu não vejo porque um Neófito não deve usar Enoquiano (assim como qualquer outra coisa) se esse sistema é mais adequado a ele do que o hebraico. Mas não se esqueça de que as regras do “progresso” são praticamente as mesmas. Você deve estar bem adaptado na teoria e na prática. Esteja atento de que se a sua Esfinge e Pirâmide não estão dispostas corretamente, essas forças podem repreendê-lo por não ser sério. Compromisso sincero, com amor e vontade pura é um “escudo” perfeito contra o infortúnio. O Enoquiano não é perigoso se você não é perigosa com isso. Nele, há extraordinária simplicidade e beleza, e também parece que é uma “necessidade” em nosso sistema.

P: O restante:

• No Liber AL diz que há três Graus. Isso pertence a A∴A∴?
• Quais são os sinais de um Círculo Mágico (aura) adequadamente constituído? Uma vez que a essência do círculo está em suas fronteiras (barreiras) – os limites são semelhantes, por exemplo, às fronteiras do estado (alfândega, os guardas da fronteira, a artilharia, sensores)? Como fazer o círculo (aura, cilindro) ser:
• Constantemente fechado e não “vazar”?
• Ter permeabilidade durante os rituais de invocação (o que não é um pouco contraditório)? Devo invocar o “Nome de Deus” dentro do círculo (aura), para ser mais eficiente (eu não penso dentro do círculo, que é regular, mas na própria borda (aura) – não no círculo desenhado, mas aquele visualizado)? Como ter certeza de que os Nomes são invocados no perímetro do círculo (linha desenhada no chão) e que eles estão funcionando? Podem ocorrer algumas consequências psicológicas da exploração prolongada da aura (protetiva)? Escreva algumas ideias sobre a aura e a construção da Aura. Descreva a importância da construção da Aura. Poderia dizer algo sobre a Aura dupla de Geburah usada por Fr. Royal Arch?
• Em quais documentos o Selo da A∴A∴ pode ser posto e quem pode dá-lo?
• Na técnica de Assunção de Formas-Deus, quais as técnicas (ou rituais) são melhores para este exercício?
• Como fazer a Coroa Mágica e como consagrá-la? Qual é a utilização das várias coroas do Tarô, e todas elas estão ligadas a Kether? Existem armas acima de Kether?
• O que pode acontecer se o altar não for feito da madeira recomendada?
• Com base no meu relatório, o que você diria?

R:

1) Os Três Graus “podem” ser a G∴D∴, a R∴C∴ e a A∴A∴ – estes também são o Homem da Terra, o Amante e o Eremita.

2) O Círculo não é o símbolo da eternidade? E/ou Zero? Onde é que há um limite ou uma fronteira? “A palavra do pecado é restrição”. Sua aura estará limpa se você executar REGULARMENTE os rituais prescritos – mas não só porque você visualiza a radiância ou a membrana da Aura, mas “porque” você está despertando a verdadeira LVX em si mesmo. “Todo homem e toda mulher é uma estrela” Ó homem, acorde! Você é uma estrela! Brilhe livremente e não há necessidade de sua aura estar “constantemente fechada e não vazar” – deixe brilhar despreocupada a Luz de sua alma! Quê sujeira pode “grudar” em você? Para quem você não quer dar deste Brilho?

“A palavra do pecado é restrição”. O Pentagrama Menor de Banimento desperta a LVX em você, através do seu corpo e seus movimentos, visualização, respiração e concentração, Vontade e Amor e devoção. Você não pode se isolar pela força ou “artificialmente” criar uma membrana ou radiação. TRABALHE e a sua aura estará mais limpa do que sua Mente pode imaginar. Sim, use livremente o “Nome de Deus” que mais lhe convier. “Consequências psicológicas” – o seu Ego está com medo da LVX?

3) Eu não acho que há uma “posição formal” sobre quais documentos (após a morte do Mestre Therion) podem ter o selo da A∴A∴; isso não deve te preocupar. As “classes” são claramente definidas, a única pergunta é se realmente é necessário classificar algo seu e porque você não o faria se isso realmente tiver qualidade? Geralmente isso é regulado pelos Cancellari, isto é, chefes de certa linhagem da A∴A∴ – e geralmente eles são de grau elevado (pelo menos Magister Templi).

4) Sobre Formas-Deus – você vê a foto e depois “imagina” – visualiza-se nessa forma; os nomes das Deidades e fórmulas vibratórias ajudam nisso. Os “Sinais dos Graus” são apropriados o suficiente, eles despertam em você as energias das esferas, dos elementos e do Espírito – LVX. Liber Resh é absolutamente simples e eficaz, portanto, a única objeção é que ele precisa ser realizado REGULARMENTE. Sobre “quanto” talvez eu pudesse dizer 1x, 2x, 3x, ... 5x, ... 11x, 56x ..., ... 111x, ... quantas você precisa?

5) Faça a Coroa de acordo com seu próprio conhecimento e habilidades. Consagração? Será que os chamados “VIII° OTO” ou “IX° OTO” te satisfazem? Ela é consagrada por sua própria Luz! Ao Trabalho! Isso você deve facilmente pensar de si mesmo e você ficará satisfeito.

As coroas do tarô são “coroas” – representações da dignidade e majestade conforme “vistas” naquela esfera, isto é, no caminho. A tradução do nome Kether é Coroa... Se uma espada paira sobre sua cabeça, talvez haja uma arma acima da coroa. Pense! Em Kether estão as fontes dos Poderes dos Elementos – as armas. É óbvio que “eu” não posso responder a essa questão, uma vez que tanto a “minha” MENTE quanto a minha Razão não sabem disso – assim como “você” também não.

Não. As armas não existem acima de Kether.

Sim. Elas existem, mas não do modo que você imagina.

6) Se o altar não for feito do tipo de madeira recomendado, ele pode quebrar se você sentar em cima dele! E até mesmo a cabeceira de sua cama pode servir para esse propósito se você estiver consciente do significado e importância de um Altar. Se isto não for o “suficiente” para a sua mente, você vai pagar um bocado pela “madeira recomendada” – mas então quanto aos outros materiais recomendados para o equipamento de todo o Templo? Tente com o Templo Astral e Armas Astrais nisso.

7) Pergunte a si mesmo – dê as possíveis respostas de acordo com a análise e síntese, pesquise e trabalhe. O mote continua a ser “O Método da Ciência – o Objetivo da Religião”.

Traduzido por Alan Willms