XXIII – Visões de Tattwas

Este artigo é um capítulo de Os Pergaminhos Voadores

O relato de duas viagens através de Tattwas, realizados por uma Adepta da R.R. et A.C.

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XXIII
Visões de Tattwa

Pela M.H. Sor.  V.N.R. 6=5 (Moina Mathers)

Tejas de Prithivi (parte ígnea da Terra)

Depois de passar através dos símbolos, eu me encontro em uma zona vulcânica. Nenhum fogo é visto, mas o tipo de paisagem é vulcânica. Ladeiras e montanhas, ar quente, e luz ensolarada.

Usando um Pentáculo, e chamando os Nomes da Terra, vejo diante de mim uma espécie de Rei Elemental Angélico. Ao testar ele, eu o percebo dando o Sinal de Saudação do Neófito, e o Sinal do Philosophus. Ele reverencia os símbolos que lhe dou, e diz que ele está disposto a me mostrar um pouco do trabalho do plano. Ele tem um rosto bonito, um pouco do tipo de Fogo, embora doce em expressão. Ele usa uma Coroa Dourada, e um manto vermelho-fogo, que se abre para uma túnica amarela, sobre a qual há uma camisa de malha. Em sua mão direita ele tem uma baqueta, a extremidade inferior ou cabo sendo mais ou menos na forma do implemento do Pentáculo, e o cajado e a extremidade superior como a Baqueta do Fogo. Em sua mão esquerda (mas isso eu não vejo claramente), ele tem uma Baqueta do Fogo; acho que a mão direita aponta para cima e a esquerda para baixo, e é um símbolo para invocar forças.

Pequenas figuras como gnomos vem ao seu chamado. Quando comandados, alguns quebraram as partes rochosas da montanha com as picaretas que eles carregam. Outros parecem cavar a terra. Ao romper essas peças rochosas, ali caem pequenos pedaços de metal ou cobre brilhante. Alguns desses gnomos recolheram os pedaços de metal e os levaram em pequenas bolsas penduradas por um cinturão amarrado a seus ombros. Nós os seguimos e chegamos a alguns picos montanhosos. Desses picos saíam alguns fogos grandes e ferozes, outros dificilmente perceptíveis. Em caldeirões ou panelas colocadas acima destas chamas, as peças de metal recolhidas eram colocadas. Foi-me dito que este era um processo demorado, mas pediram para que eu pudesse ver o resultado do que parecia ser uma fusão gradual deste metal. Então me foi mostrado algumas bacias contendo ouro líquido, mas imagino que não, metal muito puro.

Eu novamente segui o meu guia, o Rei Elemental Angélico Regente, que me deu seu nome como Atapa, e seguido por alguns gnomos que carregam o recipiente de ouro líquido; chegamos, depois de passar por muitas passagens subterrâneas que cortavam as montanhas, a uma enorme caverna de largura e altura imensa. Era como um Palácio entalhado na rocha. Passamos por passagens grosseiramente abertas, até que chegamos a um grande salão central, no final do qual havia um estrado em que se assentavam o Rei e a Rainha, o gnomos cortesãos de pé ao redor.

Este Salão parecia iluminado por tochas, e haviam pilares a cada pouco, entalhados grosseiramente. Os Gnomos que nos acompanharam apresentaram ao Rei e à Rainha seu ouro. Estes últimos ordenaram a seus atendentes que removem isso para outro apartamento. Eu pedi ao Rei e à Rainha por mais explicações, e eles, apontando substitutos em sua ausência, retiraram-se para uma câmara interna que parecia ser mais elevada do que o resto. A arquitetura aqui parece ser de um tipo diferente. Esta pequena sala tinha vários lados, cada um com uma porta, envolta por uma cortina. No centro da Sala, havia um recepiente grande sobre um tripé, contendo um pouco do ouro líquido como aquele nós havíamos trazido conosco.

O Rei e a Rainha, que antes usavam as cores da Terra, agora vestiam ele o vermelho e ela as vestes brancas. Então eles, com as suas Baquetas da Terra-Fogo, invocaram e juntaram suas baquetas sobre o Tripé. Ali apareceu no ar, acima, uma figura como Atapa, aquele que me trouxe aqui.  Ele, estendendo sua baqueta, e invocando, fez aparecer a partir de cada porta uma figura de uma natureza planetária ou zodiacal. Cada um destes, por sua vez, estenderam a baqueta sobre o ouro, usando algum sigilo que eu vagamente pude verificar. O ouro cada vez parecia sofrer uma mudança. Quando estas últimas figuras se retiraram novamente para detrás das cortinas, o Rei e a Rainha utilizaram uma espécie de concha e comprimiram o ouro, tornando-o em formas sólidas e colocando um deles em cada uma das portas com cortinas. Um pouco de ouro ainda permanecia no recipiente. O Rei e a Rainha partiram, e pareceu-me que vi uma figura novamente aparecer atrás de cada cortina e retirar os pedaços de outro.

Akasa de Apas (Espírito da Água)

Uma grande extensão de água com muitos reflexos de luz brilhante e, ocasionalmente, vislumbres das cores do arco-íris aparecendo (talvez simbolizando o início da formação na Água). Quando os nomes divinos e outros foram pronunciados, elementais do tipo das sereias e tritões apareceram, mas poucos de outras formas elementares. Estas formas da água são extremamente mutáveis, num momento aparecendo como sereias e tritões sólidos, no outro derretendo em espuma.

Eu ascendi por meio dos mais altos símbolos que me foram ensinadas, e vibrando os nomes da Água, subi até que a Água desapareceu, e em vez disso, vi um poderoso mundo ou globo, com as suas dimensões e divisões de Deuses, Anjos, elementais, demônios – o universo inteiro da Água (como a tabela governada por EMPEH ARSEL GAIOL), eu chamei este último nome, e o Universo parecia ficar mais e mais vívido. Então eu chamei HCOMA, e apareceu diante de mim um poderoso Arcanjo (com quatro asas) vestido de branco brilhante, e coroado.Em uma das mãos, a direita, ele segurava uma espécie de tridente, e na esquerda um Cálice cheio até a borda com uma essência que parecia vir de cima. Esta essência, transbordando, derramava em ambos os lados. A partir do transbordamento ou inundação deste Cálice, que deriva sua essência de Atziluth, aparentemente a taça estando em Briah, o Mundo de Yetzirah obtém a sua umidade. É ali discriminada em suas diversas forças operativas.

Estas forças operativas são representadas por Anjos, cada um com seu respectivo cargo no mundo da umidade. Essas forças que trabalham em Yetsirah, ao descer e se misturar com o Kether de Assiah, estão iniciando a força daquilo que nós, como seres humanos, chamamos de Umidade.


Traduzido por Alan Willms

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