XXXVI – Sobre a Vidência e a Viagem na Visão do Espírito

Este artigo é um capítulo de Os Pergaminhos Voadores

Técnicas para viagem na visão do espírito utilizando símbolos.

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XXXVI
Sobre a Vidência e a Viagem na Visão do Espírito

Pela M.H. Soror V.N.R.

Tendo adquirido as regras gerais, é provável que o estudante descubra por si mesmo métodos particulares mais ou menos adequados para seu temperamento em particular. Mas, pode ser útil para alguns se eu escrever em detalhes o modo de vidência e de projeção astral que provei ser susceptível de trazer bons resultados, e que, por razões de seus testes contínuos tenderia a diminuir as muitas chances de ilusão. Antes de prosseguir, seria bom consultar a Lição sobre o Microcosmo em relação à teoria da vidência e projeção astral.

As regras para a vidência e projecção astral sendo muito parecidas, os dois assuntos podem ser estudados em conjunto, um sendo considerado como o complemento do outro.

Você pode começar de forma simples a operação de "vidência". Ou seja, não projetar o astral além da esfera de Sensação no Macrocosmo, mas mantendo-o e e percebendo alguma cena no Universo refletida no símbolo que você segura, este último sendo para você como um espelho que deve refletir-lhe alguns cenas que não estão ao alcance da sua visão. E em segundo lugar, você pode continuar a operação usando o mesmo símbolo, e ao passar através dele se projetar para a cena em questão, que antes você tinha percebido apenas como um reflexo. O último processo vai parecer mais vívido para a percepção de que o anterior, assim como em uma visão material é menos provável de ser enganado por ir a um lugar e de fato examiná-lo do que através da obtenção de conhecimento a partir de um mero reflexo de um espelho.

Por exemplo, na sala em que eu estou agora, eu vejo refletido em um espelho uma parte do jardim. Eu tenho uma impressão de tudo dentro de meu campo de visão, mas não tão poderosa como quando eu saio para o jardim e vou no local em questão, e examino todos os objetos nele, sinto a atmosfera, toco o chão, sinto o cheiro das flores, etc.

Mas é bom praticar ambos os métodos. O segundo provavelmente será tido como mais instrutivo, porém muito mais cansativo, pois você, quando projetar no astral, terá que provê-lo de muita vitalidade, exaurida principalmente a partir do Nephesch.

Então tanto na vidência quanto na projeção astral, a chave do sucesso parece ser, alternadamente, empregar a Intuição e a Razão, primeiramente permitindo que cada imagem-pensamento impressionar-se no cérebro da maneira geralmente conhecida pela palavra 'inspiração', seguido pela razão aplicando seu conhecimento de correspondências para uma afirmação ou correção do mesmo.

Você deve estar preparado para receber impressões de cenas, formas e sons como formas de pensamento vivas. Eu uso "formas-pensamento" pela falta de uma palavra melhor. Nestas experiências há claramente coisas ouvidas, coisas sentidas e coisas vistas, o que provaria que as qualidades que estamos aqui usando são realmente os sentidos sublimados. Que a faculdade da clarividência, etc., existe é facilmente demonstrável após um pequeno exercício paciente com um dos primeiros métodos dados a nós para a prática de vidência.

Pegue as cartas de Tattwas, e escolha uma delas aleatoriamente, sem olhar para ver o que o símbolo representa, e coloque-a virada para baixo em cima de uma mesa. Então tente mentalmente descobrir o símbolo. Para fazer isso deixe a sua mente em branco, tanto quanto possível (mas sempre mantendo o controle sobre a mesma) afugentando dali, por enquanto, o elemento de raciocínio, memória, etc. Você descobrirá que depois de alguns momentos contemplando atentamente a parte de trás da carta, você parecerá que a forma-pensamento do Tattwa pareceu entrar na mente de repente, e mais tarde, quando mais praticado, ela provavelmente parecerá para você como se o símbolo do Tattwa estivesse tentando precipitar-se materialmente através da parte de trás da carta[1]. Mas, às vezes, especialmente se as cartas foram mantidas juntas muito tempo no maço, na mesma ordem, podemos descobrir que a parte de trás da carta em questão é carregada astralmente não com o símbolo sobre a sua face, mas com aquele da carta cuja face estava próxima às costas desta, na ordem do maço.

Alguns podem achar que é mais fácil virar a carta astralmente, ou seja, na imaginação, e na imaginação se esforçar para perceber o que brilha à mente naquele momento.

Uma vez que é com os Tattwas que nossas primeiras experiências são feitas, vou escolher um para ilustrar as seguintes regras, de preferência um que esteja em harmonia com o tempo que eu começo o meu trabalho[2].

Regras para Vidência

Trabalhe, se possível em um cômodo mágico especialmente preparado, um altar S.M. no centro, sobre o qual encontram-se os quatro elementos e a Cruz e Triângulo, incenso queimando, a lâmpada acesa, água na taça[3], pão e sal. Além destes, coloque sobre o Altar os seus quatro implementos mágicos. Vista-se em seu Robe Branco, e a faixa de 5=6[4], usando no peito sua Rosa-Cruz.

Tenha por perto a sua Espada e Baqueta de Lótus. Sente-se ao lado do altar de frente para o Quadrante do Elemento, do Planeta ou do Signo com o qual você está trabalhando. Se qualquer outro Frater ou Soror estiver com você, faça com que se sentem em uma disposição equilibrada[5] ao redor do Altar. Isto é, se as forças com as quais você trabalha estiverem no Oeste, o seu lugar é ao Leste do Altar de frente para o Oeste do outro lado dele. Se for inconveniente você ter seu próprio cômodo consagrado, ou ter todos ou alguns de seus implementos para a sua experiência, faça o seu melhor para imaginá-los existindo astralmente para você, e em qualquer caso na projeção astral use as vestes e insígnias astralmente por toda a experiência. De fato, após constante, a mais constante prática, você provavelmente não achará o absolutamente físico tão necessário. No entanto, lembre-se que, embora o material no trabalho mágico é o menos importante dos planos em um sentido, em outro é de extrema importância pois ele cristaliza o plano astral e o completa. E também tenha diante de si as correspondências exatas de certas fórmulas universais (pois nas insígnias e implementos mencionados você tem uma representação perfeita do Universo[6], a contemplação do qual deve, por si só tender a impedir a sua mente de divagar sobre assuntos irrelevantes, mas pelo contrário compelir a sua atenção aos estudos dos mistérios sublimes do Macrocosmo.) Além disso estas Insignias, que foram consagradas, lhe dão um certo por elas terem atraído raios de força do Invisível Infinito mais ou menos potente em proporção com o seu desenvolvimento.

A importância de usar os instrumentos em todas as ocasiões parecerá ser grande. Pois o implemento auxilia na invocação de uma cerimônia, e esta última deve ajudar o implemento, e portanto cada viagem, por exemplo, para os reinos do Fogo ou água deve adicionar uma chama para a Baqueta e umidade para a Taça.

Em seguida purifique o ambiente com Fogo e Água e o Ritual Menor de Banimento do Pentagrama. Imagine que escolhemos como um Tattwa Prithivi de Apas. Para este símbolo, naturalmente, use as correspondências de Água e Terra, mas tenha em mente que o Mundo da Água é aqui expresso como principal, a Terra sendo secundária. Portanto, neste exemplo em particular, é bom utilizar principalmente a Taça, o Pentáculo apenas num sentido menor. Para implicar nisso, use a Taça para fazer até mesmo muitos dos símbolos da Terra, e apenas ocasionalmente empregue o Pentáculo ao trabalhar o símbolo em particular[7].

Neste caso suposto de, exaustivamente preencha a sua Esfera com a ideia deste Tattwa, desenhar com a Taça em torno de seu Cômodo o Ritual Maior do Pentagrama Invocando tanto a Água quanto a Terra. Então volte para o seu lugar, e para o Processo Um, Vidência, faça o seguinte. Coloque a carta do Tattwa diante de você sobre o Altar, pegue a Taça na mão direita e o Pentáculo na esquerda, e olhe para o símbolo por algum tempo e de forma constante até que você possa perceber claramente como uma visão-pensamento quando você fecha os olhos[8]. Vibre os nomes de Água e de Terra (Empeh, Arsel, etc.) e tente perceber mais e mais a união mental. Pode ajudar se você percebê-lo como um grande crescente feita de água azul ou prateada contendo um cubo de areia amarela. Continue tentando adquirir uma percepção aguçada do Tattwa até que o Elemento e sua forma e as suas qualidades parecerão ter se tornado uma parte de você, e então você deve começar a sentir como se você fosse uno com esse Elemento particular, completamente banhado nele, e como se todos os outros Elementos não existissem. Se isso for feito corretamente, você perceberá que o pensamento de qualquer outro Elemento outro que aquele com o qual você está trabalhando será distintamente desagradável para você.

Depois de ter conseguido obter a visão-pensamento do símbolo, continue vibrando os Nomes Divinos com a ideia bem fixada em sua mente de chamar diante de você sobre a carta uma imagem cerebral de alguma cena ou paisagem. Esta, quando aparece pela primeira vez, provavelmente será vaga, mas continue a perceber mais e mais de qualquer natureza (imaginação ou memória, etc.[9]) que você possa acreditar que ela seja – lembrando que este é um estado mental passivo, e ainda não é o momento para testes ou a razão[10]. Somente quando a imagem-pensamento tornou-se suficientemente tangível e vívida, e você achar que você está começando a perder o senso de confusão e imprecisão, que você deve começar a aplicar testes[11]. Antes desse período, todo o raciocínio, toda as dúvidas, são destrutivas para o astral, portanto voe ou salte sobre isso.

Minha primeira impressão é encontrar-me em uma pedra um pouco para fora do mar, que eu percebi como um ponto importante na imagem. Eu percebo que eu estou em pé vestida com meu robe branco e insígnias de 5=6, sobre esta pedra, de frente para a praia. Virando-me para a direita me torno consciente de uma série de penhascos, e para a esquerda e para trás de mim o mar, em toda parte.

(Nos planos parece ser bom agir exatamente como se faria em uma experiência física ou em uma paisagem, percebendo cada passo conforme se segue, sem tentar olhar em ambos os lados de uma vez só ou na parte de trás de sua cabeça, mas virando-se primeiro para a direita e examinando, e depois para a esquerda, então virando a volta para a direita, e assim por diante. É preferível, tanto quanto possível, permanecer em um único lugar (até ser muito experiente) para evitar reflexos. Na verdade, quanto mais são trabalhadas as experiências na prática, maior a chance de sucesso.)

Eu tenho a impressão de que o ar está muito frio. Eu me abaixo e sinto a pedra, que percebo ser de natureza coral. Eu já testei esta visão no Processo Um (vidência), mas é bom repetir o mesmo, para ver se estou suficientemente em contato com a paisagem. Por isso traço com a minha Baqueta de Lótus os símbolos que eu evoquei antes, o Tau e o Caph, em luz branca, tornando-os muito fortes. Na verdade, eu não paro de traçá-los até que eu realmente os perceba tão vividamente quanto a paisagem. Vendo que a cena não desaparece ou tornar-se fraca[12], eu agora com minha Taça e Pentáculo Astrais desenho em Luz dois Pentagramas muito grandes de Água e de Terra, de pé sobre o mar. Estes, ainda mais do que os símbolos anteriores, deve ser continuados e acentuados até que se tornem para a impressão da mente como entidades vivas como a própria paisagem. Se estes forem corretamente desenhados e suficientemente percebidos, haverá pouca possibilidade de ilusão durante o resto da experiência.

O desenho destes Pentagramas de pé sobre o mar parece imediatamente aumentar a vitalidade da cena, pois os Seres Elementais e Angélicos muito intangíveis que eu percebi refletidos na imagem se tornaram mais e mais reais à impressão.

Se eu tivesse começado imediatamente com a projeção astral, sem a introdução de minha experiência de Vidência, eu provavelmente teria de evocar estas figuras[13]. Em tal caso, usando os Pentagramas de Invocação da Água, eu deveria continuar vibrando os Nomes da Deidade, etc., destes Elementos (empregando bem como os nomes antes mencionados, os dos Anjos e Regentes, nomes como Tharsis, Kerub, etc., sendo muito potentes) e chamaria uma força por direito desses nomes e símbolos para se manifestar, e eu continuaria este processo até que algumas formas aparecessem[14].

Após uma cuidadosa análise, primeiro percebendo a impressão e então a testando, eu posso descrever o seguinte. O ser Angelical, de tipo feminino, cabelo castanho-claro e olhos cinza claro, é envolto em azul e branco, roupagem de natureza pesada, e usa uma coroa formada de crescentes. Ela segura na mão esquerda uma taça curiosa, pesada, e com uma base quadrada, e na direita uma varinha de um símbolo muito parecido com o elemento positivo da Água.

Os Elementais variam em tipo, sendo a maioria da natureza das sereias e tritões, mas novamente tendendo muito à natureza da Terra e do Ar.

Virando-me para o Ser Angélico, faço os Sinais de 5=6 e de L.V.X., e para os Elementais os Sinais de 3=8 e 1=10, e por direito destes (ou seja, pelo conhecimento do espírito central, e , em sua instância dessa água e terra) eu peço para que explique alguns dos segredos do funcionamento do plano de. O Anjo tendo respondido meus sinais por outros similares, dá a impressão de que ela está disposta a me instruir. (Isto pode entrar na mente como um pensamento estranho, ou pode ser ouvido[15] por clariaudiência.) Ela mostra como até mesmo o trabalho sobre este ponto em particular é variado, e de acordo com os tipos de Elementais o trabalho é previsto. Alguns dos Elementais tendendo ao tipo gnomo estão cavando nos penhascos, com instrumentos pontiagudos, e fazendo furos nele, permitindo assim que a água entre livremente. (Isto pode explicar o aspecto esponjoso, em vez de quebradiço, da rocha). Os Elementais sereias e tritões, que são a grande maioria, eu acho, recebem um pouco da poeira, que eles levam para o mar. (Parte disso pode formar ilhas.) Outros também estão trazendo terra e mato e coisas semelhantes das profundezas, também, provavelmente, para formar uma terra. Há também figuras segurando Taças parecidas com funis, que erguem do mar, enchem-nas de ar e mergulham novamente, levando o elemento para o mar[16].

Pode-se entender como essas investigações podem ser realizadas até grandes detalhes, mas para ser o mais breve possível, eu peço se pode me ser mostrado o efeito deste Raio deno Universo em geral e neste Planeta em particular.

Eu compreendo que o efeito do Raio em geral é gerador e frutificador, e no todo benéfico, apesar de que tudo dependeria da Força com o qual está unido. Seu correlato seria água densa e rica, contendo tal substância. Peço por sua influência sobre a Terra. (Para fazer isso eu posso mostrar como uma imagem-pensamento este nosso planeta, com seus continentes, mares, etc., ali desenhados, e orar a este Anjo que envie um raio primeiro a um local e depois para outro.) Em resposta percebo o raio caindo direto através da água da Terra, como se a afinidade estivesse com toda a terra subaquática. "O Que Ascende a Terra nas Águas é o seu Nome", diz o Anjo. Quase toda a vegetação atrai este raio, mas muito especialmente as plantas de água, a maior das quais de crescimento subaquático. O zoófito apenas parcialmente o atrai, este último parecendo ao invés disso composto em grande parte de algum elemento ativo, Fogo, eu acho. Entre os animais um Raio parece cair sobre as focas e hipopótamos, e tem uma afinidade geral com a maioria dos animais anfíbios. Com peixes, a ligação parece ser pequena, uma tartaruga, um sapo, e um caracol são mostrados para mim, e algumas aves aquáticas do tipo do pato, muito pouco pássaros, uma ave do mar até certo ponto.

Caindo sobre o homem, sobre o selvagem parece ser benéfico para a saúde em geral, para dar uma sensação de bem-estar, e também regeria até certo ponto a geração. Sua tendência seria a de acentuar a sensualidade e a preguiça. Sobre o homem intelectual ele aumenta a intuição, com algum desejo de vestir a ideia de forma, portanto o primeiro vago desenvolvimento de forma na mente do artista. (Como antes observado, essas experiências podem ser levadas muito longe de fato, mas como esta experiência já se tornou muito volumoso, eu pararei aqui – acreditando que aqui foi expresso o suficiente para sugerir a maneira de trabalhar essas experiências astrais em geral).

Então saúdo o Anjo com os Sinais de L.V.X. e os Elementais pelos Sinais de 3=8 e 1=10, e bano astralmente o Pentagrama e os outros símbolos que tracei sobre a cena. Quanto mais poderosamente os símbolos foram evocados, mais poderosamente eles deveriam ser banidos.

Se você sentir uma sensação de fadiga, como antes mencionada, dê em direção aos símbolos o sinal do Entrante atraindo sua vitalidade para si mesmo novamente pelo sinal de Harpócrates. Então retorne da mesma maneira que você chegou, ou seja, através do símbolo, e de volta para o cômodo[17]. Uma vez em seu cômodo, realize o Ritual de Banimento do Pentagramas (Supremo) que tenha evocado; supondo uma cena permanecer no símbolo do Tattwa, bana essa também. Quando você tiver considerável prática é provável que os cuidados detalhados conforme indicados aqui não sejam necessários. No caso de a operação ser muito complicada de realizar de uma só vez, seria possível dividi-la em duas partes. É certo que você descobrirá que você praticou a visão espiritual e adquiriu mais conhecimento em uma experiência cuidadosamente trabalhada e testada do que em uma centena de experimentos descuidados e vagos que simplesmente fortalecem o engano mental.


[1] Esta experiência é muito bom para a prática da Visão Espiritual, e desta maneira você pode facilmente provar a retidão da visão. Também para este tipo de experiência simples você não precisa preparar-se espiritualmente a tal ponto como em outro trabalho, de modo que você pode, se quiser, ter suas cartas continuamente com você, e praticar com elas quando quiser, em momentos casuais.

[2] Para encontrar o Tattwa em curso, observe o tempo do nascer do sol. Akasa sempre começa com a aurora e dura 24 minutos, seguido de 24 minutos de Vayu, 24 minutos de Tejas, 24 minutos de Apas, e 24 minutos de Prithivi.

[3] Colocados no cruzamento da Cruz e do Triângulo, o incenso, a lâmpada, etc., devem estar nos ângulos dos braços da Cruz.

[4] Todos os membros do 5=6 que são Zel. Ad. Min. têm o direito de vestir o robe branco e o cinto amarelo do 3º Adepto, mas não sua capa ou nêmes.

[5] Se 2 pessoas, um deve estar de frente pro outro. Se 3 pessoas, formar um triângulo. Se 4 pessoas, formar um quadrado. Se 5 pessoas, um pentagrama, etc.

[6] A A.D., o Altar, o mais sintético dos símbolos. O universo material regido pelo Espírito e os Quatro Elementos. A Rosa-Cruz contém a afirmação das principais divisões do Universo, sintéticas como o Altar, mas particulares no sentido de que é atribuída à Sephirah Tiphareth, o Sol central, e é, portanto, o símbolo para o Microcosmo – o Homem, o Adepto, aquele a quem a perfeição do Microcosmo significa certa união consciente com o Macrocosmo. O robe branco e o cinto amarelo implicam Pureza – Kether; Harmonia – Dourado, Tiphareth. Baqueta da Lótus – Misericórdia. Espada – Severidade.

[7] Use ocasionalmente o Pentáculo, de modo a não ignorar demais o papel que a Terra desempenha aqui.

[8] A imaginação (eidolon) significa a faculdade de construir uma Imagem. A imaginação do artista deve estar no poder, que ele possui mais ou menos em proporção com sua sinceridade, e sua intuição, de perceber as forças no Macrocosmo, e aliando ou sintonizando-se com o mesmo, o seu talento natural e seu treino artificial permitindo-lhe formular imagens que devem expressar essas forças.

[9] Durante este processo, é mais do que provável que você esteja acreditando que a imagem é da memória, da imaginação, da construção, etc. Todas estas qualidades sendo análogas à faculdade que você está empregando, e a probabilidade de seu surgimento neste momento será grande.

[10] Deve-se lembrar que este pode ser apenas uma parte do plano do Símbolo expresso por [?] (ou seja, o Tattwa composto você está trabalhando. C.L.W.)

[11] Empregue os "Senhores que Vagueiam" (os 7 Planetas), os trunfos planetários do Tarô, como importantes símbolos para testar.

Para Memória

ת

O Senhor da Noite do Tempo.

Para Construção

כ

Para Raiva, Impaciência

פ

Para Vaidade

ר

Para Prazer

ד

Para Imaginação

ב

Para Pensamentos Dispersos

ג

[12] Se após esses repetidos testes a visão diminuir ou mudar muito, bana com o implemento Astral, e retorne da mesma forma que você veio, através do símbolo, e comece de novo do zero. Se você acha que gastou muita força nos símbolos que você traçou nas cenas, reabsorva parte da força gasta para dentro de si novamente pela fórmula dos sinais de Hórus e Harpócrates. Estenda-se na direção dos símbolos no sinal de Hoor, atraindo-os sobre si mesmo pelo sinal de Hoorpokraat.

[13] No caso de começar toda a experiência somente com a Projeção Astral, você vai entender que você ignora a parte do processo que atrai a imagem à carta, mas simplesmente avança através do símbolo assim que o mesmo é percebido.

[14] Se trabalhar com as correspondências corretas, você é obrigado a chegar a algum lugar que responde às mesmas, se você projetar o seu astral o suficiente.

[15] Às vezes parece como se precisássemos encontrar palavras para traduzir a impressão; às vezes, as palavras já parecem ser encontradas, pois acredita-se ouvi-las.

[16] O símbolo indica a potência da formação-espiral.

[17] Alguns estudantes, acredito eu, têm grande dificuldade em voltar. Neste caso pode-se fazê-lo de forma gradual, primeiro voando para o espaço, pensando neste Planeta, fixando os pensamentos sobre o país em particular, então no ponto em particular nele, então na Casa, e por fim no cômodo e entrando nele. Mas na maioria dos casos, isso seria desnecessariamente complicado.


Traduzido por Alan Willms

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